Arlindo #Resenha
Uma história sobre descobrir que a gente não tá só.
Arlindo é um garoto cheio de sonhos e vontade de encontrar seu lugar no mundo. Tudo o que ele quer é seguir sua vida de adolescente na cidadezinha onde mora, no interior do Rio Grande do Norte. Ele aluga filmes na locadora com as amigas todo sábado, sente o coração bater mais forte pelas primeiras paqueras, canta muito Sandy & Júnior no chuveiro, e ainda cuida da irmã mais nova e ajuda a mãe a fazer doces para vender.
Por mais que ele se esforce e dê o seu melhor, muita gente na cidade não aceita Arlindo ― o que traz uma série de problemas na escola e até mesmo dentro de casa. Aos poucos, porém, ele vai perceber que vale a pena lutar para ser quem ele é, ainda mais quando tem tanta gente com quem contar.
Com um traço divertido, cores vibrantes e um monte de referências aos anos 2000, esta história em quadrinhos que já conquistou milhares de fãs na internet fala sobre encontrar forças nas pessoas que a gente ama e dentro de nós mesmos.
Infantojuvenil / LGBT / GLS / HQ, comics, mangá
" Eu não tô errado em existir."
E não está mesmo, Arlindo, você é a coisa "marlinda" que existe!
Não tem como não se apaixonar por esta HQ super hiper mega fofa. Nela a gente conhece Arlindo um garoto do ensino médio que vive os dilemas próprios de um adolescente tentando encontrar seu lugar no mundo e ser aceito, enfrentando o preconceito da família, dos colegas e outras pessoas. Ele simplesmente não entende porque não pode ser e se sentir bem em ser ele mesmo.
Arlindo é um rapaz batalhador que ama a família, adora conversar com a melhor amiga Lis que o entende como ninguém e sofre com a culpa de não ser como o pai machista quer que ele seja. A trama começa com ele já tendo que encarar um grupo de rapazes que fazem piadinhas sobre ele e um certo "cavaleiro numa armadura" vindo salvá-lo ( pausa pra suspiros). Daí seguimos sua jornada de dúvidas, certezas e luta rumo aos Felizes para Sempre.
Essa deliciosa e divertida história em quadrinhos ultra colorida, recheada de músicas mostra de forma clara, simples, singela e leve um pouquinho da vida das pessoas que estão presas na caixinha imposta pela sociedade e desejam se libertar.
Eu de cara já fiquei total in love com a capa e peguei sem nem ler sinopse e amei de paixão apaixonada a história que é exatamente meu número: clichê nostálgico infanto-juvenil que se passa na escola sem mimimi, com muita ginga e suspiros.
Não conhecia os traços de Luiza de Souza, mais conhecida por @ilustralu, agora virei fã da forma como ela consegue tanto com as ilustrações como com a músicas (nova pausa para suspiros) e a escrita fazer a gente sentir cada sensação e viver intensamente cada cena destes personagens cativantes fosse de alegria ou tristeza, fosse de corações partidos ou de declarações de amor. O final teve um quê de surpresa, notas de previsibilidade e super bem amarrado num mega laço de fita ultra romântico.
Eu devorei as 200 páginas em horas e terminei com um grande sorriso no rosto e desejando que todo mundo lesse esta história.
5/5 estrelas