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  • Klara e o Sol #Resenhista convidada

     


    Resenha da Editora

    Do ganhador do Nobel Kazuo Ishiguro, autor dos livros Não me abandone jamais e O gigante enterrado, um novo romance sobre o que significa ser humano.

    Klara, um Amigo Artificial com habilidades de observação impressionantes, estuda com cuidado o comportamento de todos que passam pela vitrine. Do lugar onde foi designada a ficar na loja, ela espera que uma dessas pessoas entre e a escolha como companheira. Contudo, quando surge a possibilidade de sua vida mudar para sempre, Klara é aconselhada a não apostar suas fichas na bondade humana.
    Neste novo livro, Kazuo Ishiguro examina o mundo moderno pelos olhos de uma narradora inesquecível. Com uma linguagem única e precisa, ele constrói um romance arrebatador sobre o significado do amor e do cuidado.

    Sobre o Autor

    KAZUO ISHIGURO nasceu em Nagasaki, no Japão, em 1954, e mudou-se para a Inglaterra aos cinco anos. Ganhou o prêmio Nobel de literatura em 2017. É autor de sete livros, entre eles Os vestígios do dia, vencedor do Booker Prize, e Não me abandone jamais, ambos com aclamadas adaptações para o cinema.


    Resenha Jaci Clemente


    “Klara e o Sol” foi minha primeira experiência com Kazuo Ishiguro. Estou encantada com a delicadeza com a qual ele conta sua história construindo uma ficção cientifica muito peculiar. Geralmente quando pensamos ficção cientifica envolvendo robôs e derivativos nossa expectativa se ligar mais a naves espaciais, explosões, tecnologias mirabolantes e coisas do gênero. A leitura do Ishiguro divergente totalmente dessa expectativa.

    Klara, protagonista/narradora da história, é uma AA (Amiga Artificial) alimentada por energia sola. Ela faz parte de uma série de robôs criada para acompanhar adolescentes até o momento da entrada na universidade. Apesar de ser a protagonista do livro, ela é coadjuvante na vida de todos os personagens da história. Como coadjuvante, ela observa, registra e nos conta sobre um futuro no qual a humanidade apostou em um projeto eugenista onde crianças, com o consentimento de seus responsáveis, são expostas a processos que elevam sua capacidade intelectual, mas adoecem seu corpo podendo levar a morte. A tecnologia dos AA é desenvolvida para ajudar as famílias a cuidar dos adolescentes que pelo processo de elevação, pois estes vivem isolados, estudam remotamente além de em constante estado de debilidade física.

    Na qualidade de inteligência artificial não importa quão absurda, incomoda, abusiva ou brutal seja a situação, Klara passa por ela como se tudo fosse muito natural, sem questionamento. Assim ela vive sua experiência nesse mundo eugenista, hierarquizado, desigual, brutal, extremamente fascista, e nos apresenta a ele sem arroubos, arcos dramáticos ou conflito de interesses. O impacto da história é todo nosso, a narradora não pisca ou vacila enquanto nos conta as coisas mais absurdas. Klara leu Kafka, tenho certeza!

    Para mim, essas histórias brutais contadas de forma tão natural e terna são as mais difíceis de digerir. Não por acaso, leia o livro e você vai entender, estou agora debaixo da roseira plantada pelo meu irmão, kindle na mão, absorvendo os raios de sol, chorosa, digerindo essa história e sentindo medo.

    É um livro muito preciso, tipo de livro que gosto muito. 

    5/5 estrelas

    Até  a próxima, 

    Jaci 

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