É Assim que Se Perde a Guerra do Tempo #Resenhistaconvidada
Sinopse
Vencedor dos prêmios Hugo, Nebula e Locus.
Uma história que atravessa tempo e espaço para narrar o destino de duas viajantes do tempo rivais que se apaixonam e precisam mudar o passado para garantir um futuro juntas.
Entre as cinzas de um mundo em ruínas, uma soldada encontra uma carta que diz: Queime antes de ler.
E assim tem início uma correspondência improvável entre duas agentes de facções rivais travando uma guerra através do tempo e espaço para assegurar o melhor futuro para seus respectivos times. E então, o que começa como uma provocação se transforma em algo mais. Um romance épico que põe em jogo o passado e o futuro.
Se elas forem descobertas, o destino será a morte. Ainda há uma guerra sendo travada, afinal. E alguém precisa vencer.
Resenha Ana Luiza Poche
Amantes de ficção científica com um toque de amor: esse livro merece a atenção de vocês. Um sci-fi, sáfico (morte aos autores, para mim é) e epistolar, essa história é uma experiência à parte. Se você ainda não o conhece, recomendo a aquisição da sua versão física. Além de ser belíssima, possui uma diagramação interna que aumenta a experiência do leitor e as ilustrações perfeitas de Renato Faccini.
Escrito em quatro mãos, “É assim que se perde a guerra do tempo” é a história curiosa de Red e Blue, agentes que se movem através das linhas do tempo, não importando qual época ou destino, para realizar missões. Ambas são peões de uma guerra temporal. Enquanto uma ganha, a outra perde. E, apesar de todos os riscos que se corre ao se envolver com o lado inimigo, o amor das duas floresce fio acima e fio abaixo.
É um livro atípico na sua forma de ser conduzido. Além das trocas de cartas, você vai se deparar com espaços temporais sem grandes justificativas. Os cenários e a construção de mundo são ora um apoio para a trama principal, ora a parte mais importante para que ela ocorra. E não adianta ler procurando ter todas as respostas. Esse é o tipo de livro que é a trajetória que importa, não o destino final. Ou seja, sente e curta a viagem!
Falando na trajetória, a melhor forma de resumir a história de Red e Blue é poética, complexa e emocionante. Terminei a leitura tocada por elas. Querendo materializá-las e dividir um chá. Possívelmente o maior mérito desse livro é provocar em nós, leitores, vontades como estas: viver esses pequenos momentos de intimidade com alguém que amamos. Seja com amigos, seja com amores.
Se estiver procurando por uma experiência fora da curva com um toque de romance, essa história é a escolha perfeita. Além de ser uma leitura rápida e fluida, deixa seu coração quentinho enquanto explora o universo de possibilidades da ficção científica.
Livro: É assim que se perde a guerra do tempo
Autor: Amal El-Mohtar e Max Gladstone
Tradução: Natalia Borges Polesso
Editora: Suma
Ano: 2021
Nota:5/5
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Blog no ar desde: 28/08/2016
