28
fev
2019
O Assassinato do Comendador #Resenha
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Em um tour de force sobre amor, solidão, guerra e arte, Haruki Murakami demonstra toda sua habilidade em construir mundos paralelos e personagens inesquecíveis.
No meio de uma crise conjugal, que o marido nem sabia que estava acontecendo, um casal se separa. O marido abandona Tóquio e passa a viver em seu carro, viajando pelo Japão. Pintor de retratos reconhecido no meio, ele acaba por conseguir uma casa que pertenceu ao famoso Tomohiko Amada. A casa fica nas montanhas, e lá ele pode se dedicar à própria pintura.
Nessa casa de paredes vazias, ele começa a ouvir ruídos estranhos e descobre um quadro inédito intitulado O assassinato do comendador. Ao tirá-lo de seu esconderijo, ele entra em um mundo estranho em que a ópera Don Giovanni de Mozart, a encomenda de um retrato, uma adolescente tímida e, claro, um comendador passarão a fazer parte de sua vida.
O assassinato do comendador, primeiro romance longo de Murakami após 1Q84, é ao mesmo tempo uma aventura emocionante pelo mundo da pintura e uma busca por aquilo que nos torna únicos.
Ficção / Literatura Estrangeira
No meio de uma crise conjugal, que o marido nem sabia que estava acontecendo, um casal se separa. O marido abandona Tóquio e passa a viver em seu carro, viajando pelo Japão. Pintor de retratos reconhecido no meio, ele acaba por conseguir uma casa que pertenceu ao famoso Tomohiko Amada. A casa fica nas montanhas, e lá ele pode se dedicar à própria pintura.
Nessa casa de paredes vazias, ele começa a ouvir ruídos estranhos e descobre um quadro inédito intitulado O assassinato do comendador. Ao tirá-lo de seu esconderijo, ele entra em um mundo estranho em que a ópera Don Giovanni de Mozart, a encomenda de um retrato, uma adolescente tímida e, claro, um comendador passarão a fazer parte de sua vida.
O assassinato do comendador, primeiro romance longo de Murakami após 1Q84, é ao mesmo tempo uma aventura emocionante pelo mundo da pintura e uma busca por aquilo que nos torna únicos.
Ficção / Literatura Estrangeira
Ano: 2018 / Páginas: 360
Idioma: português
Editora: Alfaguara
Idioma: português
Editora: Alfaguara
Resenha
" As coisas já vinham sendo traçadas em linhas invisíveis para mim. "
Quem acompanha minha trajetória literária sabe como sou apaixonadinha por romances florzinha e livros colegiais,mas este ano inclui em minha resoluções de ano novo, ler livros que se enquadram totalmente fora deste meu perfil. Livros que espero me tirem da zona do conforto e até de uma certa apatia que tenho ao ler histórias às vezes bem parecidas.
Enfim...
A cultura japonesa sempre me fascinou mesmo sem entender muito de suas simbologias. Histórias como a Viagem de Shihiro ou Your Name me desafiaram a ir além do óbvio então quando me deparei com O Assassinato do Comendador, respirei fundo e me arrisquei na leitura.
O Assassinato do Comendador: o Surgimento da IDEA trouxe para mim um universo rico em cultura seja na música, nas artes plásticas, na arquitetura ou nas referências literárias.
Nosso protagonista é um homem sem identidade e perdido que se viu sem chão ao ser abandonado pela esposa por outro depois de um casamento de seis anos que para ele era feliz e tranquilo. Ele se vê sem rumo,abandona o emprego de retratista em Tóquio e começa uma viagem pelo Japão para tentar fugir das lembranças e da crise que essa situação o colocou. Obviamente, não é tão simples fugir das mémorias ruins imagine fugir de memórias que ele considera boas e pode-se dizer felizes .
" Nunca fui tão grato por dirigir um carro manual como naquele dia, porque,em meio aos pensamentos sobre a traição de minha esposa, eu era obrigado a usar minhas mãos e meus pés em ações concretas."
Depois de um tempo vagando sem rumo, ele aceita a oferta de um amigo de passar uma temporada na casa isolada do pai deste amigo ( o renomado artista plástico japonês, Tomohiko Amada que está internado numa clínica para cuidar de Alzheimer) no meio da montanhas e aos poucos entre lembranças e angústias, ele vai se redescobrindo, redescobrindo seu gosto pela pintura e seu amor pela vida sem a esposa,mesmo ainda carregando pensamentos sobre porquê seu casamento não deu certo, porquê ele não foi suficiente para a esposa, porquê ele não percebeu que a estava perdendo. Assim como eu, ele precisoou sair de sua zona de conforto.
Em meio a isso, ele encontra um quadro abandonado entitulado O Assassinato do Comendador e diferente do estilo do pintor dono da casa com uma imagem que o lembra da ópera de Mozart Don Giovani e o deixa intrigado sobre o motivo deste quadro estar escondido e sobre a época em que Tomohiko Amada o pintou.
" Um homem vitorioso, outro vencido. Um homem que fere, outro que é ferido."
Junto com o quadro, a neura constante sobre a irmã falecida, a amizade com o misterioso Watasu Menshiki e o surgimento da IDEA, nosso protagonista irá se deparar com situações inusitadas, aparentemente confusas e carregadas de fantasia numa narrativa um tanto arrastada e cheia de simbolismos. Ah ! E para quem se pergunta o que é essa IDEA, eu não tenho uma explicação concreta só que me lembrou a figura de Mushu de Mulan, não a parte cômica do personagem, só a ideia do que é o ser,mas não sei se é realmente isso.
Apesar de achar que em alguns momentos o escritor foi um pouco repetitivo, circulando sempre no ponto da morte da irmã e da traição e do casamento desfeito, entendi depois o intuito dele de realçar bastante a dor do protagonista e a forma como sua vida mudou drasticamente nessas situações.
Um detalhe que achei super interessante é que nos casos do livro são as mulheres que traem e querem sexo casual. Algo que de certa forma me surpreendeu um pouco tamanho foi o destaque que o escritor deu neste sentido e já estou com umas suposições sobre a esposa que espero que sejam esclarecidas no livro 2.
A capa é fantástica, passando bem a mensagem do livro da surpresa e choque de se sentir apunhalado.
Tambem encarei a leitura de uma forma diferente ao saber que o escritor a escreveu com quase setenta anos pois sempre considero a idade de quem escreve no momento da leitura pois acredito nas influências e vivências que a pessoa recebe e tem durante a vida.
Tambem encarei a leitura de uma forma diferente ao saber que o escritor a escreveu com quase setenta anos pois sempre considero a idade de quem escreve no momento da leitura pois acredito nas influências e vivências que a pessoa recebe e tem durante a vida.
4/5 estrelas
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